quinta-feira, 1 de outubro de 2015

ESTRAVIZ EM AMARANTE

Jenaro Marinhas homem bom e generoso, culto, alegre, social, tolerante, apaixonado pola sua pátria e pola sua cultura, respeitoso de todos e amigo leal dos amigos, é um modelo a imitar por todos nós.

DE ESQUERDA A DEREITA: Xesús Alonso Montero, Henrique Monteagudo, Luís Martínez-Risco Daviña, 
Jorge José de Magalhaes, Pilar García Negro e Isaac Estraviz no Encontro "Cultura que une"


Em discurso pronunciado em Amarante, no Encontro "Cultura que une", Isaac A. Estraviz lembrou a importáncia da obra de Jenaro Marinhas del Valle, de quem assegurou que "como Otero Pedraio, Ben-Cho-Shey, Isaac Díaz Pardo e outros muitos estava por cima de ideias fechadas e partidistas. Nas suas amizades o único que se tinha em conta era se amavam Galiza e demonstravam interesse pola sua cultura e sua língua. Este era o bilhete de identidade das pessoas com as quais se relacionavam. Resulta interessantíssimo o que Marinhas vai contando a Rabunhal Corgo e José Monterroso Devesa na entrevista que lhe fizeram publicada na Agália ( nº 18)".

“... a Irmandade gozou de vida próspera porque ali coincidiam todos quantos alimentavam um sentimento galeguista, qualquer que fosse o seu ideário político, social ou religioso. Um bocado mais para à frente: “... para formar parte da Irmandade não se exigia mais que galeguismo e em todo o demais cada quem tinha liberdade de aderir ao que quigesse, sempre que não contrariasse a essência galeguista”. 

(...)

“Eu não admito que possa haver galeguismo com o espanhol como língua, da mesma maneira que o espanholismo não admite outra língua que a castelhana e se diz admitir o catalão, o basco e o galego como línguas espanholas é de boca para fora, enquanto pode eleminá-las não deixa de fazê-lo”.

Estraviz apoiou-se nas palavras pronunciadas por Joel R. Gomes na homenagem que a AGAL tributou a Marinhas em 19 de junho de 1992: 

“Jenaro Marinhas demonstra ser um homem comprometido com a literatura, arte na qual trabalhou nos seus diferentes campos até nos dar a conhecer poesia, teatro, narrativa e ensaio/investigação. Uma trintena de obras às quais se devem somar duas novelas e outra produção, esperemos por pouco tempo: comprometido com o teatro, como o demonstra o córpus constituído pola sua obra de criação dramática e investigação em redor do mundo da dramaturgia, para além de publicar um teatro adaptado às necessidades da realidade dos grupos; comprometido com a língua, pois só em galego estão os seus contributos; e comprometido com o país, como demonstrou sobejamente na sua função e presença pessoal e artística".

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